História

O CPE nasceu a partir de um Edital lançado em dezembro de 2012 pela FAPESP, fruto de um Acordo de Cooperação assinado com o Grupo PSA, com o objetivo de criar um Centro de Pesquisas em Engenharia voltado ao estudo de motores a biocombustíveis. O Edital pode ser consultado em: http://www.fapesp.br/7350. “A complexidade da execução de um projeto de pesquisa como o Centro de Pesquisa em Engenharia requer financiamento de longo prazo e autonomia no uso de recursos. Esta exigência torna imperativo uma forte conexão institucional com o parceiro cofinanciador e meios adequados para um rigoroso acompanhamento de suas atividades.” (Edital FAPESP, citado). Assim, a FAPESP e a PSA se comprometem a financiar o CPE por até dez anos. Esta iniciativa da FAPESP e da PSA foi motivada pela necessidade de criar um “locus” onde pesquisas representando o estado-da-arte e multidisciplinares na área de uso de biocombustíveis pudessem colocar o Brasil na fronteira do conhecimento tecnológico na área.

As Instituições que compõem o CPE apresentaram uma proposta conjunta. A decisão da FAPESP ocorreu em Novembro de 2013 e, após um ano de tratativas administrativas e legais, o Termo de Convênio entre as partes foi assinado em 04 de novembro de 2014, dando início às efetivas atividades do CPE “Prof. Urbano Ernesto Stumpf”.

Pesquisas em powertrains usando biocombustíveis necessitam de uma abordagem robusta. Os tópicos a abordar vão desde pesquisas básicas na fenomenologia da combustão de biocombustíveis e na formação de sprays de etanol, até as arquiteturas e interações entre os motores e os veículos. Tribologia, mecânica de fluidos, termodinâmica, transmissão de calor, análise de ruídos e vibrações, sensores, atuadores e controle são os principais aspectos a considerar. Para atender a tais objetivos e desafios, é necessária a união de grupos de pesquisas com diferentes competências, atuando de forma articulada para poder enfrentar temas tão amplos, diversos e, simultaneamente, tão interligados.

Para atingir tais objetivos, o Centro de Pesquisas em Engenharia deverá procurar incorporar novos projetos de pesquisas, novas empresas parceiras, outros grupos de pesquisa e outras fontes de financiamento para além da FAPESP e PSA. Deverão também ser estabelecidos contatos e colaborações com outras instituições brasileiras e internacionais que atuam na área de motores de combustão interna.

O Centro usa o conceito de “projeto estruturante” – isto é, um projeto de pesquisas capaz de dar coerência e objetivos comuns aos diferentes grupos de pesquisa nesta etapa inicial de sua atuação. Este projeto, com duração de quatro anos, está voltado a explorar as especificidades e características positivas do etanol como combustível. O resultado esperado é uma proposta conceitual de um motor dedicado ao uso de etanol que possua melhor performance e simultaneamente melhor eficiência do que as presentes em veículos flex.

A História do Grupo PSA no Brasil

O primeiro carro de uma das marcas do Grupo PSA a desembarcar no Brasil foi também o primeiro automóvel da história a rodar no país. O modelo, da marca Peugeot, foi trazido da França para o solo brasileiro no fim do Século XIX pelos irmãos Alberto e Henrique Santos Dumont. O inventor do avião, Alberto Santos Dumont, teve uma relação forte com a marca, tendo, inclusive, usado motores Peugeot em alguns de seus dirigíveis criados em Paris.

Nas décadas que se seguiram, veículos Peugeot e Citroën chegaram a ser importados para o Brasil, mas apenas no início dos anos 1990 as marcas se estabeleceram oficialmente no território nacional.

Para desenvolver as atividades do Grupo na América Latina e possibilitar uma dinâmica propícia ao desenvolvimento comercial de suas duas marcas, foi criada, em setembro de 1997, a filial do Grupo PSA no país, denominada Peugeot Citroën do Brasil.